Anatel publica regulamento liberando
uso de femtocélulas.
O hábito de colocar o celular perto
da janela ou no quarto mais próximo da rua para conseguir sinal está com os
dias contados. A Agência Nacional de Telecomunicações publicou nesta
segunda-feira regulamento que libera o uso de femtocélulas pelas operadoras de
telefonia móvel. O equipamento, que se assemelha a um pequeno roteador Wi-Fi,
se conecta à banda larga fixa da residência ou escritório e distribui sinal de
voz e dados para um número restrito de linhas.
- É como se você pegasse uma antena
de celular e colocasse dentro da sua casa, só para o seu uso – explica Eduardo
Tude, presidente da consultoria Teleco, especializada no setor de
telecomunicações.
A solução é ideal para ambientes
fechados ou locais distantes dos grandes centros, onde a cobertura celular é deficiente. Mas ao transferir
o tráfego para a banda larga fixa, as femtocélulas também ajudam a desafogar a
infraestrutura de rede das operadoras, o que pode contribuir para a melhora dos
serviços para o público em geral.
Diferente das estações Rádio Base
(ERBs), as femtocélulas oferecem sinal apenas para um número restrito de
linhas. Normalmente, os equipamentos residenciais conectam entre dois e quatro
telefones. Para uso em escritórios, entre oito e 16. O raio de alcance também é
limitado, em torno de dez metros.
De acordo com o regulamento, as
operadoras podem oferecer atecnologia tanto
para uso próprio, com o intuito de reforçar a rede, como mediante contratação
do usuário. A agência veta o uso da tecnologia para suprir as obrigações de
cobertura definidas em editais de licitação.
Em comunicado, a Claro afirma que
“está preparada para atender as demandas de seus clientes em relação aos
serviços oferecidos por meio de femtocélulas”. A TIM informa que já efetua
testes no Rio de Janeiro e em São
Paulo e considera a liberação do uso da tecnologia “uma evolução para o
mercado”. A Vivo afirma que “está testando a tecnologia e verificando sua
adoção”.
Segundo o regulamento da Anatel, a
liberação se restringe às femtocélulas com até 1Watt de potência, ideal para
escritórios e residências. Tude considera o uso da tecnologia uma tendência
mundial e acredita que, após análise do funcionamento da tecnologia, o mercado
requisite a liberação de antenas mais potentes. Na semana passada, durante a
divulgação os resultados do terceiro trimestre, o presidente da TIM, Rodrigo
Abreu, comemorou a liberação da solução, mas deixou claro que a operadora quer
mais:
- Precisamos entender o novo
regulamento. A liberação da femtocélula com 1 Watt é um primeiro passo importante.
Vamos negociar para ampliar para outras antenas entre 2 e 5 Watts. O importante
foi termos uma regulamentação para começarmos o projeto.
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