Aos poucos os smartphones se aproximam cada vez mais de se transformarem na tão prometida carteira digital. E alguns aplicativos já transformaram celulares e até tablets em máquinas virtuais de cartão de crédito.
A solução foi desenvolvida principalmente para profissionais autônomos e liberais, mas agora nada impede que qualquer pessoa aceite o cartão de crédito como meio de pagamento. O interessante é que já tem muita gente adepta da novidade. O aplicativo é ideal para quem está começando um negócio e não quer perder vendas; diferente das tradicionais máquinas de cartão, a burocracia é praticamente inexistente – e ainda é mais barato.
O taxista Carlos Eduardo Silva diz ter cansado de enfrentar taxa de mensalidade, atrasos na questão do reembolso do valor passado e outros problemas. "Você tem de ter um capital de giro de, no mínimo, R$ 1,5 mil, a porcentagem de desconto é alta e há o aluguel da máquina", completa a cabeleireira Ariany Santos.
Cansados de perder vendas e corridas, o Carlos Eduardo, a Ariany, o mecânico Lucas Nogueira e a revendedora de maquiagem Paula Cristina Azevedo já oferecem a facilidade do cartão de crédito para os seus clientes há algum tempo.
"Hoje em dia ninguém mais utiliza dinheiro, ninguém tem mais. E ultimamente nem talão de cheque as pessoas têm, então eu perdia muita venda", comenta Paula. Depois de tomar muito calote, experimente perguntar se a oficina do Lucas ainda trabalha com cheque...
O uso desse tipo de aplicativo é extramente simples. No tablet ou smartphone – seja ele Android ou iPhone – o aplicativo reconhece o sinal do leitor de tarjeta magnética; a aplicação capturada é transformada em dados criptografados pelo aplicativo e então transmitido online para os servidores que administram o cartão do cliente. Claro, para funcionar, é preciso estar conectado. Outra opção é digitar o número, data de validade e código de segurança do cartão diretamente na tela do app... simples assim.
"É muito mais barato e tem muito mais facilidade, eu posso passar em tudo quanto é lugar, o cartão", comenta Lucas.
A segurança da transação é garantida através da criptografia das informações; todo o procedimento é controlado pelo próprio usuário.
Interessante também é que existe ainda a possibilidade de parcelar a compra. Tudo depende do contrato que o usuário do aplicativo faz com a empresa, que deposita todas as vendas na conta corrente cadastrada descontando apenas a taxa do cartão, que fica em torno de 4%. Alguns planos são totalmente gratuitos, outros cobram uma mensalidade – normalmente, abaixo dos dez reais.
"Eu posso parcelar em dez vezes e recebo, no máximo, de dez a quinze dias depois", explica Ariany Santos. Uma opinião é unânime: o sistema ainda tem um defeito: não aceita cartões de débito: só crédito.
Agora é questão de tempo para, assim como outros países do mundo, o nossos telefones finalmente se transformarem na nossa carteira digital, substituindo não só cartões, como também o papel moeda e tudo mais. E você, o que acha dessa história?
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