08 fevereiro 2015

FUTEBOL - Fluminense Aposta Na Base Como Garantia Do futuro Do Clube.

Destaques no Sub-20 se reintegram ao elenco, que tem quase 40% de jogadores de Xerém.
Kennedy comemora seu gol durante partida entre Fluminense e Grêmio, pelo  Brasileiro do ano passado 

No reencontro do Fluminense com a torcida no Maracanã, neste domingo, às 17h, contra o Bangu, os 11 jogadores que entrarão em campo só conhecem Xerém de nome. Mas é de lá que o tricolor espera vir uma boa garantia financeira em momentos conturbados como os de agora. Do elenco de 2015, quase 40% veio da base do clube e estima-se que estes jovens jogadores, somados, valham mais de R$ 150 milhões no mercado atual.

Principalmente, os quatro representantes do tricolor no Sul-Americano Sub-20, no Uruguai, que se reintegram ao elenco esta semana: Marcos Felipe, Marlon, Kennedy e Gerson. Os dois últimos, inclusive, vêm sendo assediados pelo futebol europeu. Porém, os dirigentes negam que eles sejam vendidos. Os valores oferecidos foram considerados baixos para o potencial do atacante e do meia. Portanto, uma proposta milionária dificilmente seria recusada. Como a feita por Wellington Nem, em 2013, vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. —Temos 13 jogadores vindos das divisões de base no time profissional. É a média com que trabalhamos, de 30% a 40% do elenco. O objetivo é que nos dê retorno no futuro próximo. O Nem, por exemplo, recebeu proposta assim que subiu e não vendemos. Depois que ele retornou do Figueirense, foi titular, destacou-se e foi vendido por R$ 26 milhões — afirmou o gerente das divisões de base do clube, Marcelo Teixeira, que atualmente conta com 300 garotos.
A boa performance dos meninos na competição não é surpresa nas Laranjeiras. O atacante Kennedy, 19 anos, e o goleiro Marcos Felipe, 18 anos, passaram por todas as categorias da seleção. O zagueiro Marlon, de 19, tornou-se titular do tricolor ano passado, com idade de juniores. E o meia Gerson, de apenas 17 anos, já era considerado uma promessa entre a comissão técnica da base. — Esperamos que nenhum seja trocado na convocação para o Mundial. Ainda acredito que possamos ceder mais um, talvez o Robert (meia de 18 anos) — disse.
           O zagueiro do Flu, Marlon treina nas Laranjeiras 
Apesar do dinheiro ser muito bem-vindo neste momento, o clube tem se resguardado para não perder suas joias tão facilmente. Todos os meninos, ao assinarem o primeiro contrato, têm vinculo com o tricolor por três anos, pelo menos. O Fluminense, além dos direitos federativos e soberania nas negociações, detém entre 60% e 70% dos direitos econômicos do jogador.
- A família fica, em média, com 30% do atleta. Normalmente, repassam o percentual para empresários ou fundos de investimento - explicou o gerente, ressaltando que a venda de um jogador da base ou recém profissionalizado requer análise. - Não é uma ciência exata, é como um mercado de ações, temos que avaliar todas as informações. E sempre há o risco de não vendermos agora e depois não se valorizar. A nossa política é que jogue primeiro no time profissional para nos dar o retorno técnico e depois ser vendido, se for o caso.
Porém, nem sempre acontece desta forma. Decisões que não agradam muito aos torcedores, que percebem um possível ídolo ir embora precocemente. O último caso polêmico foi o de Fabinho, lateral-direito vendido para Portugal, que depois foi para o Real Madrid. O jogador chegou à base do clube aos 18 anos, vindo do Paulínia de São Paulo, após se destacar na Copa São Paulo de Juniores, em 2012.
- Na ocasião, a proposta foi muito boa. Ele veio a custo zero e nos rendeu um bom dinheiro - explicou Teixeira.
Buscar jogadores nas bases de times do interior e de clubes da América do Sul tem sido outra forma de investimento feita pelo tricolor. Assim, o clube adquire promessas a baixos valores ou a custo zero e o risco de prejuízo é mínimo.
- Na Copinha deste ano, vimos todos os clubes, analisamos tudo. Depois, decidimos contratar aqueles que identificamos ter mais qualidade do que quem está desde o início na base. Nem sempre conseguimos, mas alguns vieram assim. Como Biro Biro (emprestado à Ponte Preta), que contratamos com 18 anos do Nova Iguaçu e esperamos que ele se destaque. A médio prazo esperamos colher os frutos - declarou o gerente de futebol tricolor.
Este ano, mais três jovens dos juniores ganharam uma chance nos profissionais. O atacante Pablo Dyego, que já teve experiência no exterior, por empréstimo, e o meia uruguaio Bryan Olivera, considerado o novo Conca e o volante Luiz Fernando.

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